sábado, novembro 11, 2006

A cena do cavalheirismo

Depois de uma Latada mais ou menos agitada, com inúmeras surpresas: a começar pelo recinto e de algumas personagens que ainda se arrastavam por lá. Chegou a hora de voltar à rotina.

Tive uns dias fora de casa e a coisa proporcionou-se para estar com uma fêmea. A coisa já vinha da Latada mas nada se passou por lá. Foram só dados os primeiros e firmes passos para uns dias de convívio mais sério e quem sabe, romântico.

Pois foi, a coisa correu bem, telefonei-lhe e fui passar uns dias com ela.
O assunto que vos quero falar é de cavalheirismo e pelos vistos já está mesmo fora de moda.

Senão vejamos, foi ela quem me acenou e assediou na Latada.
Esta coisa do homem ter a iniciativa já era.
A ideia de passarmos um fim-de-semana diferente foi dela: “faço-te coisas que nem imaginas, temos é de estar a sós na minha casa”, porra eu até corei.
Fui de comboio ter com ela, e lá estava ela com o seu automóvel à minha espera, pega-me no saco (e não só) e com um manejar de força põe-lo no porta-bagagem (uma cena de macho latino) como quem pega numa almofada. Diz que tem força porque anda num ginásio e que faz máquinas e qualquer coisa localizada. E eu a olhar para a minha barriga e a pensar no tempo e paciência que a levei a criar… que desperdício de tempo – o ginásio.

Chegamos a casa e ela disse-me para despacharmos porque ia dar um jogo qualquer na sporttv e que ela tinha combinado com um pessoal. Pronto, lá fomos nós beber umas canhas comer uns tremoços, amendoins e uns camarões. Foi fixe parecia que estava com um bando de machos a ver a bola só que estes tinham cabelo comprido, loiro e unhas pintadas – porra eram gajas. Esta cena do euro2004 deu mesmo a volta ás mulheres.

O cavalheirismo já morreu: a cena de ser o homem a ir buscar a mulher, a abrir a porta, a oferecer flores, a ir ver a bola com os amigos, etc, já não é de agora, pensava eu, quando uma equipa qualquer marcava o terceiro golo e elas festejavam exuberantemente.

Fomos jantar. Um restaurante muito elegante - fino até. Preparávamo-nos para sentar e estava eu para ir empurrar a cadeira quando ela olha para mim e disse: “oh João, isso já não se utiliza. O cavalheirismo é coisa do passado e até pode ser confundido com machismo” E lá corei eu mais uma vez e fui-me sentar.
E foi então que eu tive o meu momento: estávamos os dois a escolher o repasto cada um com a sua ementa quando reparamos que a minha tinha os preços e a dela não. Fartei-me de rir, afinal ainda há alguém que pense que o cavalheirismo ainda existe. E ela teve de admitir que aquilo até tinha piada e passamos o resto do belo e magnífico jantar a falar sobre as diferenças entre homem e mulher e sobre o pretenso cavalheirismo.

Moral desta história: Ela acabou por pagar o jantar e no final quem ficou por cima não fui eu…
Fiquem bem.

5 Bitaites:

Anónimo mandou o bitaite...

hummmm...
tens a certeza que era, de facto,uma mulher???
hummmm...
tens a certeza que não te enganou com a estória do toque rectal???
hummmm...
Se não houve nú frontal, cuidado!!!

Anónimo mandou o bitaite...

mas afinal, curtiste a gaja? ou de facto, preferes as mais femininas??

Anónimo mandou o bitaite...

já sei, essa pêga chamava-se mãozinha!

Anónimo mandou o bitaite...

Era mesmo uma mulher? hummm....talvez, talvez

Anónimo mandou o bitaite...

Feeeeeeeeeeeeelingsssss, nothig more than feeeelingsssss